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educação diferente

EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E DEFICIÊNCIA

educação diferente

EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E DEFICIÊNCIA

Deficiência Mental

No pensamento da sociedade em geral, encontra-se profundamente enraizada a ideia de que existem dois tipos de crianças: as “deficientes” e as “não deficientes”. Descrever alguém como sendo deficiente não significa nada no que respeita ao tipo de ajuda educativa e consequentemente aos meios a pôr em ação. É sim desejável uma abordagem mais precisa adotando-se então o conceito de "Necessidade Educativa Especial” tomado, não no sentido de uma incapacidade específica que se pode atribuir à criança mas ligado a tudo o que lhe diz respeito; tanto às suas capacidades como às suas incapacidades, a todos os fatores que determinam a sua progressão no plano educativo.

Na opinião de Brennan, mobilizado por Correia (1999),“Há uma necessidade educativa especial quando um problema (físico, sensorial, intelectual, emocional, social ou qualquer combinação destas problemáticas) afecta a aprendizagem ao ponto de serem necessários acessos especiais ao currículo, ao currículo especial ou modificado, ou a condições de aprendizagem especialmente adaptadas para que o aluno possa receber uma educação apropriada.

A educação dos alunos com necessidades educativas especiais parece ter os mesmos objetivos da educação de qualquer cidadão. Contudo, algumas modificações são, às vezes necessárias na organização e no funcionamento da educação escolar para que tais alunos usufruam dos recursos escolares de que necessitam, para o alcance dos objetivos estabelecidos. Na mesma linha de pensamento, Correia (1999) aponta para uma educação onde "a escola está à disposição de todas as crianças em igualdade de condições e é obrigação da comunidade proporcionar-lhes um programa público e gratuito de educação adequado às suas necessidades".

Tendo em consideração que não há nenhuma criança que não queira aprender, torna-se necessário proporcionar a cada uma delas um clima de segurança e bem-estar que lhe permita participar da forma mais completa possível na vida académica e social da escola, proporcionando um ambiente com o mínimo de restrições e o máximo de condições que favoreçam a aprendizagem.

Correia, L. M. (1999). Alunos com Necessidades Educativa Especiais nas Classes Regulares. Porto: Porto Editora.

 

Maria Luísa Rodrigues