Terapia pela arte
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A arte como terapia: descobrindo novos caminhos
A arte e terapia é uma técnica que faz parte da terapia alternativa que tem por objetivo estimular a expressão dos sentimentos internos em forma de arte, seja na pintura, no teatro, na música ou na dança.
A partir dela, muitas pessoas conseguem expressar a sua raiva, angústia e medos que possuem, mas não consegue verbalizar. Ela é utilizada bastante em consultórios psicológicos com crianças, para conseguirem entender melhor os seus sentimentos e a como lidar com eles.
A terapia com mandalas é um exemplo, que tem por objetivo estimular a criatividade, incentivar a descoberta do eu interior e ajudar em exercícios de relaxamento.
O que faz um arteterapeuta?
A arte faz parte da vida das pessoas desde as épocas mais antigas da humanidade. Mas como uma forma de terapia ela é usada desde o século XIX. O arteterapeuta é responsável por aplicar técnicas de arteterapia com crianças, adultos e idosos, nos mais diversos ambientes em que haja a necessidade, como escolas, clínicas e hospitais.
Esse profissional utiliza a pintura, a música, o desenho, a dança e outros meios artísticos para canalizar energias e sentimentos, ajudando no autoconhecimento e na reflexão de problemas emocionais. Já existem estudos que comprovam os benefícios da arteterapia no tratamento de depressão, ansiedade, entre outros problemas que afetam a saúde mental.
Dessa forma, o arteterapeuta contribui muito com a psicologia da depressão. Importante frisar que já há muita qualificação nessa área, cada profissional se especializa em um determinado método e vai avaliar qual a melhor técnica para tratar o seu paciente.
Para garantir uma regulamentação e qualidade dos profissionais que trabalham com arteterapia, foi criada em 2006 a UBAAT (União Brasileira de Associações de Arteterapia). Ela possui um gestão coletiva e democrática, a qual representa os trabalhos desse profissional tão importante.
Por que fazer terapia?
Devemos fazer terapia quando sentimos que a nossa saúde mental não está legal. Ela é uma boa forma de poder entender e analisar os nossos problemas internos a partir do ponto de vista de um terapeuta.
Quais são os benefícios da terapia?
A terapia surgiu com a missão de tratar problemas emocionais e psicológicos. Nela o indivíduo tem o acompanhamento de um profissional que pode ser terapeuta, psicólogo ou psiquiatra, que o ajudará a entender quais são esses problemas que afetam a saúde mental e como encontrar soluções para resolvê-los.
Confira abaixo a lista com os principais benefícios da terapia:
autoconhecimento - a terapia ajuda o paciente a conhecer melhor sobre si mesmo, suas angústias, crenças, valores e objetivos de vida. Nessas situações, o indivíduo aprende a administrar seus sentimentos, a lidar com as ideias negativas, a melhorar a autoestima e enxergar seus potenciais.
motivação - funciona como uma meta a ser alcançada, as vezes o indivíduo considera muito difícil alcançar algum objetivo pessoal ou profissional. A terapia ajuda a encontrar a origem da falta de motivação, e a encontrar novos impulsos.
relacionamento interpessoal - para ter uma vida social é necessário saber se relacionar com outras pessoas. Algumas pessoas sentem muita dificuldade em fazer isso, seja pela timidez ou por estar enfrentando algum problema, como depressão. A terapia ajuda a desenvolver habilidades sociais.
resolução de problemas - às vezes pequenos problemas diários parecem uma missão impossível de vencer por quem está fazendo tratamento para ansiedade. Com a terapia o paciente consegue colocar ordem nos us objetivos e aprende a organizar o que precisa ser resolvido.
A arteterapia na educação
Muitos estudiosos mostram que o uso da arteterapia na educação pode ser um elemento facilitador da aprendizagem. Ela ajuda as crianças a expressar suas dificuldades, frustrações, interesses, conquistas e afetos. É muito importante no ambiente escolar, valorizando o que a criança tem de melhor.
A brincadeira artística dentro da arteterapia relaciona um tratamento de forma lúdica, utilizando o jogo como forma de entender situações que aconteceram na vida dessa criança e dominar os próprios sentimentos em relação a isso. O teatro é uma ótima ferramenta para trabalhar os sentimentos no coletivo.
A técnicas da arteterapia podem ocorrer de forma dirigida, com um profissional auxiliando a analisando a criança, ou de forma livre, valorizando a espontaneidade. A própria criança aprende com os seus movimentos, encontrando o seu potencial. Além disso ela é ótima para trabalhar respeito aos outros e as regras, e como forma de comunicação com o mundo.
Algumas curiosidades a respeito da arteterapia
A arteterapia pode ser um grande aliado na psicologia da depressão: as técnicas de arteterapia são muito benéficas para qual queraliza tratamentos de depressão e ansiedade, trazendo melhoras significativas.
Conheça tudo sobre a terapia alternativa para melhorar a saúde mental : o SUS já reconhece várias terapias alternativas, que ajudam em diversos tratamentos, como um complemento aos tratamentos convencionais.
Por que a terapia com mandalas pode trazer benefícios para tratamentos? As mandalas são uma forma de terapia que ajudam o paciente a relaxar, expressar seus sentimentos e entender a si mesmo. É uma ótima ferramenta para ser utilizada em clínicas, hospitais e escolas.
O uso da arte e terapia pode ajudar crianças e idosos: as crianças possuem mais dificuldade para expressar o que sentem, através da arte elas conseguem colocar os sentimentos bons e ruins para fora, entender melhor eles. Os idosos além de descobrirem um novo talento, conseguem fazer a interação social com outras pessoas e tratar problemas da saúde mental.
https://www.educamundo.com.br/
ESTADOS EVOLUTIVOS CLÍNICOS
Presentemente o diagnóstico do Síndroma de Rett, é possível com base em documentação do primeiro desenvolvimento duma rapariga e da avaliação contínua da sua história médica e do seu estado físico. A regressão, as estereotipias e as outras características clinicas são ainda hoje os elementos fundamentais para o diagnóstico. A demonstração de mutações no gene MECP2, localizado em Xq28 através de testes laboratoriais torna possível confirmar o diagnóstico clínico na maioria dos casos.
Critérios necessários de síndroma de Rett (3)
1 Período pré e perinatal aparentemente normal
2 Desenvolvimento psicomotor aparentemente normal nos primeiros seis meses 3 perímetro cefálico normal ao nascimento
4 Desaceleração do crescimento do crânio entre os 5 meses e os 4 anos
5 Perda de capacidade na motricidade manual intencional entre os 6-30 meses associada a disfunção da comunicação e sociabilidade
6 Instalação de limitação severa da linguagem expressiva e receptiva com atraso de desenvolvimento psicomotor grave
7 Movimentos estereotipados das mãos após a perda da motricidade intencional 8 Apraxia/ataxia do tronco e da marcha entre 1-4 anos
9 Diagnóstico definitivo após os 2-5 anos de idade
Critérios de suporte e exclusão do síndroma de Rett (3)
Atraso de crescimento
Pés pequenos e hipotróficos
Escoliose
Disfunção respiratória/p>
Alterações electroencefalográficas/convulsões
Espasticidade habitualmente associada a fraqueza muscular e distonia
Perturbações vasomotoras periféricas
Evidência de ACIU
Microcefalia ao nascimento
Retinopatia ou atrofia óptica
Evidência de lesão cerebral adquirida no período perinatal
Existência de doença metabólica ou outra doença neurológica progressiva
Perturbações neurológicas secundárias a infecções ou TCE
Olganomegalia ou outros sinais de doença de armazenamento
O diagnóstico clinico do Síndroma de Rett não é linear. Os critérios de diagnóstico clássicos são bastante característicos mas exigentes (quadros I e II) (3). A natureza evolutiva da doença dificulta o estabelecimento precoce do diagnóstico que habitualmente não é possível antes dos 2-5 anos.
Tem-se admitido alguma variabilidade clínica da doença e a existência de formas atípicas que chegam a representar 25 a 34% dos casos (6, 7) pelo que têm sido propostos critérios de diagnóstico menos restritivos (6), Os critérios clássicos que sustentam normalidade ao nascimento e nos primeiros meses de vida têm suscitado particular contestação, havendo evidências de que, em alguns doentes, possam existir já algumas anomalias no período neonatal (6, 7). No sexo masculino foram descritos pelo menos 10 casos, embora a maioria não cumprisse todos os critérios clássicos(8).
Existe alguma sobreposição clínica com outras entidades, nomeadamente com a paralisia cerebral na fase mais precoce da doença, na fase regressiva com o autismo e também com o síndroma de Angelman e várias outras doenças neurodegenerativas e metabólicas, entre as quais duas raras doenças autossómicas recessivas particularmente prevalentes no norte da Europa: uma lipofuscinose (lipofuscinose neuronal infantil) e uma doença do armazenamento do ácido siálico (doença de Salla) (7).
Estudos neuroquímicos e anatomopatológicos cerebrais sugeriram a existência de uma interrupção da normal maturação do sistema nervoso central no síndroma de Rett (6, 7). Contudo, as múltiplas investigações foram infrutíferas na identificação de técnicas que possibilitassem uma confirmação segura do diagnóstico. A descoberta de um gene responsável veio proporcionar o primeiro marcador biológico relevante na confirmação do diagnóstico do síndroma de Rett.
in https://www.anpar.pt/
1ª FASE
Ø Inicio: de 6 a 18 meses.
Ø Duração: meses.
Ø Atraso do desenvolvimento psicomotor e do crescimento cefálico.
Ø Diminuição do interesse para o jogo.
2ª FASE
Ø Inicio: de 1 a 3 anos.
Ø Duração: desde algumas semanas para meses.
Ø Fase de regressão rápida, deterioramento do comportamento, com perda do uso voluntário das mãos, e o aparecimento de estereotipos.
Ø Crises convulsivas.
Ø Manifestações autistas e perda do idioma.
Ø Comportamento Autoestimulante, insónia e motricidade desajeitada.
3ª FASE
Ø Inicio: de 2 a 10 anos.
Ø Duração: De meses para anos.
Ø Fase de Estabilização Aparente.
Ø Atraso mental severo.
Ø Regressão das características autistas, com uma melhoria do contacto.
Ø Crises convulsivas.
Ø Características manuais estereotipadas: lavar de mãos.
Ø Espasticidade, ataxia apraxia.
Ø Disfunções respiratórias.
4ª FASE
Ø Inicio: Depois dos 10 anos.
Ø Duração: anos, décadas.
Ø Deterioração motora tardia.
Ø Perda da capacidade motora.
Ø Escolioses, atrofias musculares, rigidez.
Ø Síndroma piramidal e extrapiramidal marcados.
Ø Redução da velocidade de crescimento com ausência de idioma.
Ø Melhora do contacto visual.
Ø Crises convulsivas menos severas.
Ø Alterações tróficas.
A etiologia do Síndrome de Rett permaneceu desconhecida até 1999. A ocorrência no sexo feminino sugeria uma base Genética, nomeadamente uma mutação dominante no cromossoma X com efeito letal no sexo masculino (1). Neste contexto o facto da maioria dos casos serem esporádicos, sem outros familiares afectados, seria compatível com o aparecimento de neo-mutações (1). Em 1998 os estudos de ligação génica envolvendo os raros casos familiares de síndrome de Rett sugeriram a presença de um locus na região Xq28 (4). A pesquisa de mutações em vários genes candidatos culminou na descoberta recente de mutações no gene MECP2 em várias crianças com síndrome de Rett (5).
O gene MECP2 codifica a proteína MeCP2 («methylCpG binding protein 2») que tem função de inactivação de outros genes através de mecanismos de repressão da transcrição envolvendo a ligação a regiões CpG metiladas (5). O síndrome de Rett resultará provavelmente de uma expressão excessiva de alguns genes que habitualmente se encontram silenciados. A identificação e a avaliação da expressão dos possíveis genes alvo da proteína MeCP2, nomeadamente ao nível do sistema nervoso central, poderão, no futuro, vir a permitir uma melhor elucidação dos mecanismos patogénicos do síndrome de Rett. Uma outra possibilidade é a de desenvolver uma terapêutica que permita normalizar a regulação dos genes afectados (5).
Um estudo recente identificou mutações no gene MECP2 em 80% dos casos de síndrome de Rett clássico (esporádicos ou familiares) e em 20% dos casos com características sugestivas deste diagnóstico (9). Neste grupo de doentes, a gravidade clínica parece correlacionar-se com o tipo de mutação. Uma outra casuística (10) identificou mutações em 45% dos casos esporádicos mas em nenhum dos casos familiares estudados. Assim, as mutações no gene MECP2 representam uma proporção importante dos casos de síndrome de Rett mas existirão provavelmente outros factores ainda não identificados na etiologia desta doença. Por outro lado foi demonstrada a presença de mutações no gene MECP2 em familiares de doentes com síndrome de Rett (dois do sexo feminino, uma com perturbações neurológicas discretas e um do sexo masculino com encefalopatia congénita) (11). Estes dados sugerem que as mutações no gene MECP2 não se limitem ao síndrome de Rett e possam ser a causa de situações com um espectro fenotípico mais alargado (11).
No momento actual, a descoberta de mutações no gene MECP2 responsáveis pela doença permite a sua utilização como método eficaz de confirmação precoce da doença, o estabelecimento do prognóstico e a previsão de um baixo risco de recorrência em irmãos de casos isolados (99,5% dos casos são esporádicos (11)), o que dificilmente poderá ser garantido se houver incerteza ou ausência de diagnóstico, e ainda a sua aplicação ao diagnóstico pré-natal. No futuro, atendendo às características do síndrome de Rett, nomeadamente à existência de um intervalo livre assintomático, será possível admitir a esperança de que os progressos na compreensão da doença possam culminar no desenvolvimento de intervenções terapêuticas pré-sintomáticas eficazes.
in https://www.anpar.pt/
O SÍNDROME DE RETT AFECTA QUASE EXCLUSIVAMENTE AS MENINAS CAUSANDO UM COMPROMETIMENTO PROGRESSIVO DAS FUNÇÕES MOTORA E INTELECTUAL ASSIM COMO DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO. O DIAGNÓSTICO PRECOCE É IMPORTANTE PARA DIRECCIONAR O TRATAMENTO.
O síndrome de Rett é uma doença neurológica que ocorre quase exclusivamente em crianças do sexo feminino. Após um período inicial aparentemente normal as crianças afectadas desenvolvem microcefalia com regressão do desenvolvimento e alterações neurológicas e comportamentais características.
Foi pela primeira vez descrita em 1966, pelo Dr. Andreas Rett de Viena, Áustria, numa publicação médica alemã. Devido à circulação relativamente pequena deste primeiro artigo a maior parte dos médicos só teve conhecimento desta doença, quando uma revista dedicada ao Síndrome, escrita pelo Dr. Bengt Hagbert da Suécia e colegas entre os quais a Dr.ª Karin Dias de Portugal, foi impressa em 1983 num jornal de neurologia de grande difusão escrito em língua inglesa.
Este artigo apresentava relatórios de 35 casos.
Documentação clínica posterior e novos dados bioquímicos, fisiológicos e genéticos foram apresentados numa conferência sobre o Síndrome de Rett realizada em Viena em Setembro de 1984. Em Janeiro de 1985, o Dr. Andreas Rett, visitou o Instituto John Kennedy de crianças deficientes em Baltimore, Maryland para a primeira conferência realizada nos E.U.A..
Enquanto ali esteve examinou 42 raparigas que tinham sido diagnosticadas como tendo potencialmente o Síndroma de Rett.
Esta reunião conduziu a uma consciencialização mais desenvolvida sobre o Síndrome e as suas manifestações nos E.U.A.. Deste maior contacto com o Síndrome resultou uma melhor possibilidade de diagnóstico. Enquanto o Dr. Rett foi o primeiro a descrever o Síndrome de Rett a perturbação foi reconhecida independentemente em outras partes do Mundo.
Os sintomas desta patologia são os mais variados e podem ser, inicialmente, confundidos com outras patologias neurológicas, como o autismo. As raparigas que sofrem desta doença nascem sem qualquer sinal aparente de anormalidade e parecem desenvolver-se normalmente entre os 6 e os 18 meses de vida.
Subitamente, porém, estagnam na sua evolução e começam a apresentar sinais de regressão física e neurológica. É nesta fase que começa a surgir um quadro sintomático particular. Os bebés começam a perder a capacidade de usar as mãos, mostram ter problemas de equilíbrio, deixam de falar, podem perder a marcha, ficam mentalmente diminuídos e demonstram sérios problemas de relacionamento com os outros, evitando, por exemplo, o contacto visual. A estereotipia mais característica do síndrome é, no entanto, a que se assemelha a um constante esfregar de mãos e que é o sintoma mais comum. A maior parte destas crianças tem uma esperança média de vida diminuída e morre antes de atingir a idade adulta, apesar de haver casos conhecidos de doentes que chegam aos 50 anos.