Pedia Suit vs terapia intensiva
O pedia suit é uma vestimenta ortopédica macia e dinâmica, composta por chapéu, colete, calções, joelheira, calçados adaptados que são interligados através de faixas elásticas para promover uma unidade de suporte para alinhar o corpo o mais próximo do funcional possível. Reestabelecendo assim, o correto alinhamento postural e a descarga de peso ocasionando a normalização do tônus muscular e das funções sensorial e vestibular.
É considerado atualmente, como o mais moderno tipo de macacão terapêutico ortopédico, criado em 2006, porém deu-se inicio em 1971, onde foi criado o “Peguim suit”, desenvolvido pelo programa espacial da Rússia, utilizados em voos espaciais com objetivo de neutralizar os efeitos nocivos da ausência da gravidade sobre o corpo, perda de densidade mineral óssea, atrofia muscular, alterações cardiovasculares entre outros. Após a criação do mesmo, as longas viagens ao espaço foram possíveis, e esse fato tornou a base da criação da terapia intensiva com o suit.
Dessa forma a tecnologia passou a ser compartilhada e aprimorada pelos profissionais da reabilitação, pois existia a semelhança dos problemas físicos em pacientes com paralisia cerebral e outras condições neurológicas. Nos anos 90 foi criado o primeiro suit usados em crianças com paralisia cerebral “adeli suit”.
O pedia suit associado ao programa de terapia intensiva consiste em um tratamento com duração de quatro semanas, cinco dias por semana, quatro horas diárias de atividades, totalizando 80 horas de terapia, associado ao efeito do macacão terapêutico ortopédico. Tendo também como recurso as gaiolas do “macaco” (Monkey), que consiste em uma gaiola de metal tridimensional rígida com polias metálicas utilizadas para alongar e fortalecer os grupos musculares. E a gaiola da “aranha” (Spider), onde o paciente usa um cinto de couro ao qual cabos elásticos estão conectados e assim trabalhamos a funcionalidade dos mesmos.
As indicações e público alvo consistem tanto adulto ou infantil, abrangendo as patologias paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento motor, traumatismo crânio encefálico, acidente vascular encefálico, ataxia, atetose, deficiências neurológicas, deficiências ortopédicas, doenças genéticas, incapacidades pós-cirúrgicas, lesões da medula espinhal, transtornos vestibulares, síndrome de down entre outras.
O objetivo da terapia intensiva consiste em melhorar/ aumentar o desenvolvimento motor, o reforço muscular, a resistência, a flexibilidade, o equilíbrio e coordenação. Tendo como benefícios a melhora do input sensorial e motor do sistema nervoso central, a normalização do tônus muscular, a melhora do ajuste biomecânico e alinhamento muscular, postural e simetria corporal, normalização e correção do padrão de marcha, melhora da densidade óssea e do desenvolvimento/ganhos de habilidade motoras finas e grossa, dentre outros.